cidades pequenas
são roupas coarando na grama
estendidas em varal de arame no ar
cidades pequenas
são velhas janelas em velhas varandas
pintadas de verde pra sempre esperar
cidades pequenas
são moças donzelas na missa matinal
coradas de rouge pra se enfeitar
cidades pequenas
são bancos de praça só pra namorar
esquecidos no tempo que custa passar
cidades pequenas
são velhas retretas no velho coreto
são fotografias que vão amarelar
cidades pequenas
são noites de estrelas e luar
são belas lembranças que ouso sonhar
quinta-feira, 26 de março de 2009
Uma Poetisa
Gostaria que você conhecesse essa pessoa.
Escritora fantástica.
Na verdade, eu também gostaria de conhecê-la...
ANA PAULA RIBEIRO TAVARES, nasceu no Lubango, província da Huíla, em 3 de outubro de 1952.
Licenciada em História, é funcionária da Secretaria de Estado da Cultura.
É membro da União dos Escritores Angolanos e autora de um caderno de poesia intitulado, RITOS DE PASSAGEM.
Cerimônia de Passagem
"a zebra feriu-se na pedra
a pedra produziu lume"
a rapariga provou o sangue
o sangue deu fruto
a mulher semeou o campo
o campo amadureceu o vinho
o homem bebeu o vinho
o vinho cresceu o canto
o velho começou o círculo
o círculo fechou o princípio
"a zebra feriu-se na pedra
a pedra produziu lume"
Luanda, 85
Escritora fantástica.
Na verdade, eu também gostaria de conhecê-la...
ANA PAULA RIBEIRO TAVARES, nasceu no Lubango, província da Huíla, em 3 de outubro de 1952.
Licenciada em História, é funcionária da Secretaria de Estado da Cultura.
É membro da União dos Escritores Angolanos e autora de um caderno de poesia intitulado, RITOS DE PASSAGEM.
Cerimônia de Passagem
"a zebra feriu-se na pedra
a pedra produziu lume"
a rapariga provou o sangue
o sangue deu fruto
a mulher semeou o campo
o campo amadureceu o vinho
o homem bebeu o vinho
o vinho cresceu o canto
o velho começou o círculo
o círculo fechou o princípio
"a zebra feriu-se na pedra
a pedra produziu lume"
Luanda, 85
quarta-feira, 4 de março de 2009
Ponte da Amizade
Acordar - Abrir os Olhos Pra Ver Um Milagre...
Em faísca o horizonte entrecortado
Traz dos montes a aurora e noite escura
Espelho vermelho de sol que mistura
Retalhos de lua e céu estrelado
Boceja madrugada silenciosa
Repousa a paz de silêncio mágico
Raios de luz repintam a manhã tão formosa
Abrem-se as cortinas e nasce mais um espetáculo
Aves e cheiros flutuam no ar
Tuiuiús e garças e flores
Silvestres aromas e doces odores
Dão os sabores na hora de acordar
Abrir as janelas de um sonho acordado
Nos olhos a infinita planície alagada
O pantanal é um lugar abençoado
Meu lugar, meu amor, minha casa...
Traz dos montes a aurora e noite escura
Espelho vermelho de sol que mistura
Retalhos de lua e céu estrelado
Boceja madrugada silenciosa
Repousa a paz de silêncio mágico
Raios de luz repintam a manhã tão formosa
Abrem-se as cortinas e nasce mais um espetáculo
Aves e cheiros flutuam no ar
Tuiuiús e garças e flores
Silvestres aromas e doces odores
Dão os sabores na hora de acordar
Abrir as janelas de um sonho acordado
Nos olhos a infinita planície alagada
O pantanal é um lugar abençoado
Meu lugar, meu amor, minha casa...
O Homem - A Terra e Deus...
nestas terras sem limites
de água sem porteiras
o homem nasceu encantado
sabe a fala dos bichos
lê o tempo no barrado
nestas terras de lonjuras
de águas que regem a lida
o homem nasceu nos braços de Deus
incrustado no lodo das baías escuras
no verde da clorofila
no claro e no breu,
aprendiz da vida.
de água sem porteiras
o homem nasceu encantado
sabe a fala dos bichos
lê o tempo no barrado
nestas terras de lonjuras
de águas que regem a lida
o homem nasceu nos braços de Deus
incrustado no lodo das baías escuras
no verde da clorofila
no claro e no breu,
aprendiz da vida.
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